Sete em cada dez brasileiros (71%) acreditam que a temperatura média global vai subir em 2020. Apesar do índice alto, o Brasil está entre os países que menos se preocupam com essa questão, atrás apenas de Arábia Saudita (54%), Estados Unidos (64%), Rússia (67%) e Austrália (70%). A média global é de 77%. Os países que lideram o ranking são Turquia (89%), Cingapura (86%), Coréia do Sul e Chile (85%). Os dados são da nova pesquisa Global Advisor “Predictions”, da Ipsos, que traz percepções da população em 33 países sobre acontecimentos que poderão impactar o mundo em 2020.
Ainda sobre questões climáticas, 23% dos entrevistados do Brasil acreditam na probabilidade de haver um grande desastre natural que vai impactar as pessoas da sua cidade. O resultado brasileiro é menor do que o global (30%).
O estudo também mostra que 35% dos entrevistados no mundo acreditam que Donald Trump será reeleito como presidente dos Estados Unidos. A região que mais acredita nessa possibilidade é Hong Kong, com 54%, e o país que menos acredita é a Hungria (19%). Nos EUA, o resultado foi de 46%, e no Brasil de 31%.
Metas pessoais
A maioria dos brasileiros (62%) acredita que 2019 foi um ano ruim para eles e para suas famílias. O índice é maior do que o global (50%) e um pouco abaixo da Argentina (69%), país que teve o maior resultado nessa questão.
A pesquisa também mostra que sete em cada dez brasileiros (74%) acreditam que 2019 foi um ano ruim para o país. O Chile é o país que mais concorda com essa questão, com 87%. No mundo, a média foi de 65%. Por outro lado, a grande maioria dos brasileiros (82%) está otimista para 2020 e acredita que o ano será melhor do que 2019. O resultado está acima da média global (75%). As Filipinas são as mais otimistas, com 95%.
Muitas pessoas também pretendem ter resoluções pessoais neste ano: 82% dos brasileiros desejam seguir esse plano em 2020. No mundo, o índice é um pouco menor: 76%.
Sociedade
Mais da metade dos entrevistados em todo o mundo (56%) acredita que poderão ocorrer manifestações em larga escala para protestar contra o modo como os países estão sendo administrados. No Brasil, o índice é um pouco maior (58%). Duas nações da América Latina lideram esse ranking: Colômbia e Chile, ambos com 82%.
A pesquisa ainda aponta que três em cada dez entrevistados globalmente (32%) acreditam que um grande ataque terrorista será realizado. A França é o país que mais acredita nessa possibilidade, com 56%. O Brasil aparece na outra ponta do ranking, com 16%.
Economia
Seis em cada dez brasileiros (64%) acreditam que a economia global será mais forte em 2020 do que foi em 2019. O resultado está acima da média do mundo (52%). A China é o país mais confiante nesse cenário, com 84%.
Ainda sobre economia, 36% dos entrevistados no Brasil disseram que existem possibilidades de que as principais bolsas de valores do mundo quebrem. A média global é a mesma. A Malásia é o país que mais acredita nessa probabilidade (59%) e a Hungria que menos acredita (24%).
Quatro em cada dez entrevistados globalmente (44%) acreditam que as mulheres poderão ter salário igual ao dos homens para a mesma função. O Brasil é mais pessimista que o mundo nesta questão: somente 39% dos brasileiros entrevistados acreditam nessa possibilidade. As Filipinas é o país que mais acredita, com 75%.
Redes sociais e televisão
Dois em cada dez brasileiros (25%) gostariam de usar menos as redes sociais em 2020. A média mundial é de 27%. A Índia é o país que mais quer reduzir o uso das plataformas, com 46%.
Apesar de o desejo de usar menos redes sociais, oito em cada dez entrevistados globalmente (78%) disseram que vão gastar mais tempo on-line do que com a televisão. No Brasil, o índice também é alto: 73% – apesar de ser um dos mais baixos entre os países pesquisados. A Turquia lidera o ranking, com 89%.
O estudo também mostra que as pessoas vão utilizar mais a televisão para streaming do que para ver canais abertos, a cabo ou via satélite. No mundo, 51% possuem essa preferência. No Brasil, o índice é um pouco maior, de 54%.
A pesquisa on-line foi realizada com 22,5 mil entrevistados em 33 países, incluindo o Brasil, entre 26 de novembro e 6 de dezembro de 2019. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 p.p.